Hoje sinto-me.
Acordei. Sinto-me renascida. Esvaziei os bolsos, enchi-os de esperança e alegria e corri. Corri para um espaço que me ocupa as sextas-feiras. Entrei. Recebi um sorriso. Vivi a realidade da gente que ali pára. Envolvi-me, deixei o meu coração falar mais alto. Senti-me. Pensei, idealizei... Um espaço para os abrigar, um espaço onde se sintam bem e protegidos. Concretização? Talvez um dia. Para já misturo-me por entre a multidão, corro pelas ruas apressada e sonho. Sinto-me. Quero, um dia, poder dizer: Amanhã é o dia! Aguardo. Desloco-me cidade adiante. Levo um presente na mão direita. Na outra levo a vontade de a dar a alguém, de agarrar com todas as forças e largar só quando já não tivermos forças para continuar. Chego. Toco à campainha, e toco, e toco e toco... Ninguém atende. Insisto.. e nada. Desisto. Venho embora com uma rosa que não tem dono.