As mulheres são descartáveis?!
Nos
últimos tempos, já para não dizer desde sempre, somos bombardeados com
problemas da sociedade. Graves problemas, uns mais que outros, diria eu. Entre muitos há um
que me inquieta, que me revolta. A liberdade da mulher na hora de escolher
entre ser mãe e manter um emprego, ou trabalho, pois infelizmente bem sabemos
que é o que estas mais têm neste "país".
Há pouco tempo fomos bombardeados com notícias
sobre mulheres que terão sido incitadas pelas suas entidades patronais a
assinar declarações nas quais se comprometiam a engravidar nos próximos cinco
anos.Como
é possível, em pleno século XXI, estarmos sujeitas, só pelo simples facto de
sermos mulheres, a tais atos discriminatórios, redutores e até mesmo me poderei
atrever a chamar-lhes ditatoriais, como estes? Onde estão os direitos
individuais e da família respeitados e protegidos desta forma? O Governo tem,
efetivamente, que atuar de forma urgente e concertante para pôr fim a este
crime! Mas não ficamos por aqui. O profissional escolhido pelo Governo para
liderar a equipa que irá traçar um plano de ação para a natalidade exalta que
Portugal, daqui a 50 anos, encontrar-se-á numa situação insustentável no que
diz respeito aos problemas da natalidade. Já não basta todas as limitações
sejam sociais, económicas ou outras para se poder ser mãe caso seja essa a
nossa vontade, a nossa escolha, ainda temos de ser discriminadas pelas nossas
entidades patronais? Não! Claro que não!
Devem
apurar-se responsabilidades, realizar ações inspetivas, sensibilizar toda a
população feminina que se encontra neste tipo de situação a formalizar
denúncias para tentarmos pôr um termo a tal injustiça. E que tal se voltássemos
a um regime ditatorial e se nós mulheres ficarmos nos nossos lares a tomar conta
da casa e dos filhos enquanto os maridinhos, chefes de família, ganham o
dinheirinho e mandam em nós e na casa? Que tal? Parece-lhes bem? Era uma boa
ideia não? Colocava-se um ponto final a esta problemática de vez… Não! As
mulheres não são descartáveis, assim como não o é o seu direito e a liberdade
de escolha de constituir família ou não. Temos direitos que têm de ser
respeitados e não abdicamos deles.
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